terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Oca


Um vazio sem ar,
vácuo asfixiado
Oca
como se feita de lágrimas
lágrimas de alfinetes
Quero bater, matar
quem estiver pela frente
em frente ao espelho
Quero morrer e depois chorar
não quero mais,
não aguento mais
esse vazio de agulhas
Redemoinho, furacão
Não suporto seu peso
sobre a minha cabeça oca
Causa da minha gastura constante
ânsia de vomitar o que não comi