segunda-feira, 14 de março de 2011

Ajuda do vento


Vento,
leve-me para onde quiser,
quem sabe eu tenha mais sorte
do que se eu mesma fizer as escolhas

terça-feira, 8 de março de 2011

8 de março - Dia internacinal da mulher - Reflexões



Ano passado, estava eu, plena manhã de 8 de março, com meu cérebro desligado, viajando em bobagens de internet, quando recebo um e-mail enviado a mim e a vários amigos pelo meu amorzinho querido. Com a autorização dele, postarei aqui, pois acredito que toda pessoa deveria pensar sobre isso:

"O dia das mulheres não era pra ser uma data machista, mas acabou se tornando.


Eu não parabenizo as mulheres nessa data. Pq eu faria isso??? O q as mulheres q eu conheço fizeram que mereça parabéns pelo simples fato de serem mulheres? Afinal, as mulheres não lutaram tanto para que fossem tratadas como iguais? (como de fato são)

Para mim, isso é uma atitude machista; como se os homens devessem parabenizá-las por conseguir fazer td o q eles fazem. Elas são inferiores a eles? eu acho que não.


O 8 de março deveria ser uma data para lembrarmos da vergonha que os homens imprimiram na história e das histórias de tds as mulheres que no passado lutaram e morreram por seus direitos (aliás, deveriamos lembrar disso tds os dias, mas isso já é outra reflexão...). Elas é que merecem parabéns, pq com seu amor e seu sangue mudaram o mundo (embora saibamos que ainda existem algumas coisas a mudar).


Mas quantos se lembrarão disso hj??? Os homens apenas desejam parabéns, dão uns bjs e abraços. E as mulheres, o que é pior ainda, se satisfazem com isso!!! Aquelas coniventes com isso, na minha opinião, jogam fora toda a herança que suas antecessoras deram a vida para conquistar. É mt facil desvalorizar o que não lutamos para ter!!!


Tlvz elas achem que sempre foi possivel falar o que pensa, ter amigos e fazer amor com quem quiser, e que o dia das mulheres existe só para receber flores e alimentar o ego feminino. É por atitudes assim que nossa sociedade ainda não se livrou de vez do machismo; homens e MULHERES ainda acham que elas são florzinhas delicadas que tem que ser cuidadas, princesas virgens que tem ser resgatadas, seres que merecem ser parabenizados pelo simples fato de terem dois cromossomos X...



É claro que existem diferenças inerentes aos dois sexos, mas isso não justifica muitos comportamentos sociais que vemos hj. Se as mulheres querem igualdade de fato, ajam como iguais e exijam dos homens que as tratem assim. Podemos começar nem dando nem aceitando parabéns hj, certo? ;D


E em anexo vai uma música bem bunitinha que gera com bom humor uma reflexão sobre a história e o papel feminino."

A música é "Banheira" (Intérprete: Natália Mallo, Composição: Natália Mallo e Mathilda Kovak).Para escutar, clique aqui.

Alguns e-mails de outras pessoas depois, a existência do dia da mulher foi colocada em xeque. Eu questionei a data comigo mesma, li algumas coisas sobre a criação da comemoração e aí saiu isso aqui:

"Concordo totalmente com a afirmação de que a comemoração do triste dia 8 de março perdeu sua verdadeira identidade. Concordo que mulher nenhuma merece parabéns por ser do sexo feminino. Entretanto, apoio completamente a existência do dia da mulher, que não é apenas um dia de homenagens MERECIDAS, mas também um dia em que diversos países (que conhecem o sentido da data) param para discutir sobre a situação feminina na sociedade atual. Esta é a verdadeira função da data, função esquecida ou desconhecida por muitos de nós (eu mesma acabei de descobrir isso).


Mas homens e mulheres não são iguais socialmente falando? NÃO. Ainda não, por isso esse dia ainda é importante. Por isso acredito que merecemos esta pequena homenagem, TODAS NÓS! Sabe por quê? Porque morremos queimadas por exigirmos melhores condições de trabalho, porque ganhamos menos fazendo o mesmo trabalho, porque ainda temos que ouvir ignorantes dizer: " a maioria dos cientistas famosos são homens porque as mulheres são preguiçosas. Não gostam de trabalhar", porque somos ridicularizadas toda vez que colocamos a mão em um volante de um carro (objeto quase sempre associado à imagem masculina), porque somos espancadas e estupradas por termos menos massa muscular, porque temos que ouvir todo tipo de piada idiota por cuidarmos da casa, dos nossos filhos e dos filhos de nossas sogras praticamente sozinhas depois de passarmos o dia trabalhando fora, porque temos que ouvir "quem é esse cara? mulher num tem amigo homem, não!" toda vez que um amigo nos telefona, porque não podemos pedir em namoro a pessoa que amamos, porque somos treinadas para sentar, andar e nos vestir da forma mais desconfortável possível desde os 2 anos de idade e porque lutamos contra tudo isso ao mesmo tempo.



É claro que muitas de nós não lutam, mas muitas o fazem e todas passam por no mínimo um tipo de discriminação no mês. Indo das piadas imbecis que vocês homens contam até um orc que enche a ex-mulher de bala porque ela deu um pé-na-bunda do canalha (e ainda temos que ouvir alguém soltar o comentário quando vemos a repostagem no jornal: "ela deve ter botado um chifre nele, bem feito". Meninas, quantas de vocês ouviram piadas machistas ontem? Eu só ouvi uma, um recorde!


Merecemos a homenagem, sim! Não só no dia 8 de março, seria ótimo se nossa luta fosse lembrada todo dia, aliás seria perfeito se nem precisássemos de um dia como esse! Mas ainda precisamos, infelizmente.


Concordo que não deveríamos ficar satisfeitas com um "parabéns" (parabéns por quê? por sobreviver até aqui?). O que realmente deveríamos querer ouvir dos homens é "tô contigo nessa luta!""

E ai? O que você acha?

sábado, 5 de março de 2011

Eu acho que isso só acontece comigo

Estava lendo o blog "Isso só acontece comigo" (Clique aqui para ler), que é muito engraçado por sinal, e fiquei inspirada para contar um causo, o qual eu nunca imaginei que pudesse acontecer comigo. Eu fui agredida fisicamente em uma sala de cinema.

Mintiiiira. Foi mesmo?


Agora, você deve estar pensando:
"que tipo de atrocidade essa delinqüente deve ter cometido para que uma pessoa tenha se sentido impelida a fazer justiça com as próprias mãos?" 

Antes que você comece a imaginar as atrocidades, eu respondo: NADA!



Tudo começou quando minha mãe chegou pra mim e pra minha irmã e disse: "Ei, vamos assistir Nosso Lar?". Pra quem não sabe, este é um filme baseado em um livro de Chico Chavier, exibido nos cinemas em 2010. Eu não queria assistir esse filme, muito menos minha irmã, mas como minha mãe já havia dormido de tédio dentro do cinema inúmeras vezes por nossa causa e nunca tinha vez na hora de escolher nem sabor de pizza, a gente resolveu fazer o sacrifício.
Tudo correu na maior normalidade possível: escolhemos uma fila onde só havia uma inofensiva senhora sentada bem no meio, sentamos: eu ao lado da senhora, minha irmã no meio e mamãe na ponta. Estávamos felizes e serelepes tomando sorvete e esperando o filme começar, o filme começou e...


Com mais ou menos 30 minutos de filme, eu ouço uma voz indignada vindo do meu lado: "Era só o que me faltava!". É nessa hora que você pensa: "Foi comigo?". Olhei "de rabo de olho" para a senhora. Ela olhava para mim. É, foi comigo. Pensei: será que ela está querendo conversar sobre algo que não a agradou no filme? Ou... eu fiz algo que ela não gostou, mas... eu não tinha feito nada!
Achei melhor fingir que não ouvi e continuei assistindo o filme. Então, e até hoje eu me pego divagando a respeito do porquê, ela me deu uma bolsada! Eu juro, EU JURO que não fiz nada. A partir daí tudo foi muito rápido:
- Senhora! O que é isso??? O que eu lhe fiz???
- Nada. Respondeu daquele jeito que as namoradas respondem quando os namorados perguntam: "O que eu fiz?!"
- Mas então por que você me bateu??? Diga o que eu fiz???
- Nada!
- Senhora!
- Shhhhhhhhhhhhh!

Ainda me manda fazer silêncio, dá pra acreditar? Saí correndo da sala, me tremendo todinha de nervosa, chamando por um segurança do shopping. Algumas funcionárias me deram água, em seguida voltei para a sala acompanhada pelo segurança. Ninguém estava acreditando que eu não havia feito nada porque, é claro, EU chamaria o segurança se EU tivesse feito algo (¬¬). Já na sala, a mulher estava mais calma do que uma pessoa que bate em alguém por justa causa. Minha mãe e minha irmã não paravam de perguntar: "o que foi que aconteceu, menina?". Nesse momento, mesmo nervosa, me senti em um filme:
- Foi ela! Ela me deu uma bolsada! Disse bem alto com o dedo em punho.
O segurança, como se procurasse palavras para falar diante do absurdo, ficou alguns segundos calado até que falou com a doida:
- Senhora, está tudo bem?
- Está sim.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não.
Indignada, eu repeti: "Não, ela me agrediu! Agrediu sem motivo algum!". Todos se calaram, os espectadores nem respiravam, o segurança olhou pra mim como quem diz: "e aí?". Ora, e eu é que tinha que saber?! Minha mãe, que já havia entendido o babado, se levantou: "Vem, Amanda, vamos lá pra trás" e me puxou.


É, é fácil pensar no que se poderia ter feito depois do ocorrido, mas na hora, eu estava tão atordoada que não consegui fazer mais nada. O segurança foi embora, a mulher ficou lá e eu ganhei uma história pra contar e um hematoma. 


Brincadeira, só doeu. Que raiva de não ter acontecido nada com a criatura, que raiva de mim, devia ter feito o maior barraco! Mas o pior, é a dúvida... Por que diabos essa doida me bateu? 

Hipóteses?

terça-feira, 1 de março de 2011


Chove,
lava esta já fraca Fortaleza,
limpa seus pecados,
expõe suas fraquezas,
machuca suas feridas.
Só assim, teus parasitas fogem
e te deixam descansar
por alguns minutos...
Desonrando teu sangue.
Sangue que os nutriu.