sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O sofrer da lua


Assim como Lahanna foi tirada de seu amor, Slaol, eu fui tirada do meu.
Agora, sinto a mesma dor e solidão que enegrecem o céu da noite,
sinto o gosto das mesmas lágrimas que escorrem do brilho da deusa,
o frio que a envolve, enfraquece a mim também.

Ó, triste Lahanna, teu sofrimento é compartilhado comigo
e minha esperança, ofereço a ti!
Que ambas possam sentir novamente, e o quanto antes, o calor de nossos amados.
Tu nos braços do teu Sol e eu nos braços do meu.




Obs.: Inspirada pelo livro Stonehenge de Bernard Cornwel

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os olhos mortos


Os olhos mortos
da hispanidade cansada,
que chupa o dedo
e pede mais,
escutam o som
da nova depressão
escorregando no banco do metrô


domingo, 26 de agosto de 2012

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sentido da Vida!(?)

Quando a conversa chega no ponto em que falo do meu ateísmo, uma das coisas que mais intrigam as pessoas é a questão do SENTIDO DA VIDA.


Depois do susto ("atéééia?!"), elas sempre questionam:
- Ma...mas se Deus não existe, então o que a gente tá fazendo aqui?!
- Se Deus não existe, então qual o sentido da vida???
Assim, respondo: "nenhum!" (outro susto!).

Essa resposta tem um efeito interessante. Quem escuta se desespera só em tentar considerar a possibilidade. Um dia, um certo alguém soltou o seguinte:

- Então, por que não se matar logo? Para que continuar vivo se não há um porquê?

E precisa? A vida só é interessante se houver uma linha de chegada? E o caminho até lá? E as coisas que vamos ver, ouvir... sentir? As pessoas que vamos conhecer? Por que não se matar?! Porque a vida é gostosa demais pra apertar "parar", por que viver é estimulante, emocionante, divertido! Porque é bom fazer, aprender, conhecer, amar, brincar, rir, dormir, comer... É lógico, ao longo da vida acontece um monte de coisas ruins, mas (na minha opinião) as coisas boas compensam.

Tem gente que incorpora o "estou aqui só de passagem" e vai existindo só sonhando com uma (possibilidade de) vida pós-morte. Tem gente que crê que Deus tem um objetivo pra ela e essa crença é tão forte que se for retirada é o fim. Para algumas dessas pessoas, se esse objetivo final não existe, "então, é tudo uma merda!" (como já ouvi).

Para mim, a vida não deixa de ser maravilhosa por não ter propósito*.  E eu não deixo de querer fazer, aprender, conhecer, amar, brincar, rir, dormir, comer só porque não existe uma finalidade para tudo isso. Meu caminho é minha finalidade.

Deu pra me entender melhor, certos alguéns? ^^


*o que, estranhamente, parece contraditório para algumas pessoas: "uma atéia que idolatra a vida, isso existe?". Ateus devem ser todos frustrados?! Mas isso é assunto para uma outra postagem.