sábado, 21 de agosto de 2010
















Alecrim,
alecrim dourado
que me fez sonhar
em ser um canário.

Foi tua doçura
que falou pra mim
que seria meu sonho
cantar Alecrim

Alecrim,
alecrim murcho
que eu não pude regar
e não cresci com você.

Foi tua beleza
que me rasgou o coração
e a ferida que não fecha
sangrará até que termine a canção

Peixe fora do aquário



É tão angustiante, nauseante! Sentir-se a peça errada, torta... impotente...
E a dor é ainda mais fina quando em um lugar onde, a princípio, sentia-se parte, célula e funcional. Em um lugar antes lar. Hoje, tortura... sacrifício...
É triste, penoso desejar não estar onde deveria. Desejar não ter laços de viscosidade, picotar cordões umbilicais, não ser alfinetado por paredes feitas de seus próprios alfinetes.
Que tudo se exploda!
É lacrimoso, nojoso não ser bem-vindo onde é.