sábado, 5 de março de 2011

Eu acho que isso só acontece comigo

Estava lendo o blog "Isso só acontece comigo" (Clique aqui para ler), que é muito engraçado por sinal, e fiquei inspirada para contar um causo, o qual eu nunca imaginei que pudesse acontecer comigo. Eu fui agredida fisicamente em uma sala de cinema.

Mintiiiira. Foi mesmo?


Agora, você deve estar pensando:
"que tipo de atrocidade essa delinqüente deve ter cometido para que uma pessoa tenha se sentido impelida a fazer justiça com as próprias mãos?" 

Antes que você comece a imaginar as atrocidades, eu respondo: NADA!



Tudo começou quando minha mãe chegou pra mim e pra minha irmã e disse: "Ei, vamos assistir Nosso Lar?". Pra quem não sabe, este é um filme baseado em um livro de Chico Chavier, exibido nos cinemas em 2010. Eu não queria assistir esse filme, muito menos minha irmã, mas como minha mãe já havia dormido de tédio dentro do cinema inúmeras vezes por nossa causa e nunca tinha vez na hora de escolher nem sabor de pizza, a gente resolveu fazer o sacrifício.
Tudo correu na maior normalidade possível: escolhemos uma fila onde só havia uma inofensiva senhora sentada bem no meio, sentamos: eu ao lado da senhora, minha irmã no meio e mamãe na ponta. Estávamos felizes e serelepes tomando sorvete e esperando o filme começar, o filme começou e...


Com mais ou menos 30 minutos de filme, eu ouço uma voz indignada vindo do meu lado: "Era só o que me faltava!". É nessa hora que você pensa: "Foi comigo?". Olhei "de rabo de olho" para a senhora. Ela olhava para mim. É, foi comigo. Pensei: será que ela está querendo conversar sobre algo que não a agradou no filme? Ou... eu fiz algo que ela não gostou, mas... eu não tinha feito nada!
Achei melhor fingir que não ouvi e continuei assistindo o filme. Então, e até hoje eu me pego divagando a respeito do porquê, ela me deu uma bolsada! Eu juro, EU JURO que não fiz nada. A partir daí tudo foi muito rápido:
- Senhora! O que é isso??? O que eu lhe fiz???
- Nada. Respondeu daquele jeito que as namoradas respondem quando os namorados perguntam: "O que eu fiz?!"
- Mas então por que você me bateu??? Diga o que eu fiz???
- Nada!
- Senhora!
- Shhhhhhhhhhhhh!

Ainda me manda fazer silêncio, dá pra acreditar? Saí correndo da sala, me tremendo todinha de nervosa, chamando por um segurança do shopping. Algumas funcionárias me deram água, em seguida voltei para a sala acompanhada pelo segurança. Ninguém estava acreditando que eu não havia feito nada porque, é claro, EU chamaria o segurança se EU tivesse feito algo (¬¬). Já na sala, a mulher estava mais calma do que uma pessoa que bate em alguém por justa causa. Minha mãe e minha irmã não paravam de perguntar: "o que foi que aconteceu, menina?". Nesse momento, mesmo nervosa, me senti em um filme:
- Foi ela! Ela me deu uma bolsada! Disse bem alto com o dedo em punho.
O segurança, como se procurasse palavras para falar diante do absurdo, ficou alguns segundos calado até que falou com a doida:
- Senhora, está tudo bem?
- Está sim.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não.
Indignada, eu repeti: "Não, ela me agrediu! Agrediu sem motivo algum!". Todos se calaram, os espectadores nem respiravam, o segurança olhou pra mim como quem diz: "e aí?". Ora, e eu é que tinha que saber?! Minha mãe, que já havia entendido o babado, se levantou: "Vem, Amanda, vamos lá pra trás" e me puxou.


É, é fácil pensar no que se poderia ter feito depois do ocorrido, mas na hora, eu estava tão atordoada que não consegui fazer mais nada. O segurança foi embora, a mulher ficou lá e eu ganhei uma história pra contar e um hematoma. 


Brincadeira, só doeu. Que raiva de não ter acontecido nada com a criatura, que raiva de mim, devia ter feito o maior barraco! Mas o pior, é a dúvida... Por que diabos essa doida me bateu? 

Hipóteses?

3 comentários:

  1. Ahahha,fico elogiada por saber que meu blog te inspirou,esse realmente é o tipo de história que parece só acontecer com a gente,na verdade,essa é uam história que parece só ter acontecido com VOCÊ,me tira deSsa =D

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  2. Ela teve um surto de vozes interiores e pensou ter vindo de fora a conversa. Ou algo parecido. Pessoas surtam, veem coisas, ouvem coisas. E quem está por perto acaba pagando de alguma maneira.
    Pelo menos ficou a história.

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  3. Ah, esuqeci de dizer uma coisa: minha irmã disse que quando eu saí para procurar o segurança, a mulher olhou pra ela e disse: "é doida!".
    É, realmente, a doida deve ser eu mesmo. De ter deixado ela se safar XD

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